sábado, 14 de novembro de 2009

Cinema Mudo

Single do disco

Capa do disco

O primeiro LP do Paralamas do Sucesso praticamente iniciou a 'onda de Brasília'. Os caras abriram as portas para bandas como Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial e todo aquele 'movimento' músical no início dos anos 1980.

Antes do lançamento do disco, o grupo gravou um compacto com 'Vital e Sua Moto' no lado A e 'Patrulha Noturna' no B, que vendeu 11 mil cópias. Além destas duas, o disco tem ainda 'Vovó Ondina é Gente Fina', que é uma homenagem a avó do Bi, falecida em 1999, que foi a grande incentivadora do grupo' além de 'Química', do Renato Russo, 'Volúpia' e outras.

Letras algumas vezes sem compromisso algum como 'Volúpia': 'Volúpia, volúpia, você é sensual, Volúpia, ah! ah! ah!, Volúpia, volúpia, você é sensual, Volúpia, ah! ah! ah!' ou a juvenil 'Patrulha Noturna': 'Qual é seu guarda, Que papo careta, Só tô tirando chinfra Com a minha lambreta, Tá bem seu guarda, eu me rendo, Eu reconheço que sou marginal, Eu colo nas provas da escola, Eu gosto de ver nu frontal' mostram o bom humor de uma banda que não acabaria logo.

Lado A
01 Vital e Sua Moto
02 Foi o Mordomo
03 Cinema Mudo
04 Patrulha Noturna
05 Shopstake (Instrumental)

Lado B
06 Vovó Ondina é Gente Fina
07 O que eu não disse
08 Química
09 Encruzilhada
10 Volúpia

Ficha Técnica:
Produzido por: Marcelo Sussekind
Direção Artística: Jorge Davidson
Técnicos de Gravação: Amaro Moço e Guilherme Reis
Técnicos de Mixagem: Guilherme Reis e Serginho
Capa e Ilustrações: Ricardo Leite
Fotos: Maurício Valladares

Selvagem

Depois de um tempo desaparecido, criei vergonha na cara e resolvi falar de um bom LP. Escolho o 'Selvagem', do Paralamas do Sucesso. Lançado em 1986 pela EMI, o disco de Herbert, Bi e Barone, e com produção do Liminha, o LP é um dos mais inovadores daquele período.

“Esse disco é um divisor de águas no trabalho dos Paralamas e indica também um caminho para o rock. Minha colaboração com eles foi mais melhorar, gravar, observar o que tinha, alguma aresta para ser lapidada. Mas não foram feitas mudanças radicais, sabe? Não foi um disco criado num estúdio”, disse certa vez Liminha, o produtor.

Para o líder da banda, Herbert Vianna, com o 'Selvagem' a banda estava tentando nadar em cores nacionais.“Selvagem é um marco em vários sentidos pelo fato de ele ter tido uma penetração, abrindo mercados, abrindo possibilidades de a gente expandir”, disse.

Terceiro disco da banda, este LP tem como destaques 'Alagados' e 'A Novidade' no lado A e 'Selvagem' e 'Você' no B. Para quem gosta de rock nacional, com certeza é um disco indispensável.

Lado A
1. Alagados
2. Teerã
3. A Novidade
4. Melô Do Marinheiro
5. Marujo Dub

Lado B
6. Selvagem
7. A Dama E O Vagabundo
8. Theres A Party
9. O Homem
10. Você
11. Teerã Dub

Ficha Técnica:
Produzido por: Liminha
Direção Artística: Jorge Davidson
Capa: Ricardo Leite
Fotos: Maurício Valladares
Participações: Gilberto Gil - vocal em "Alagados", Liminha - Teclados em "Alagados", "Teerã", "Você" e "A Novidade". Guitar Phaser em "Alagados" e Armando Marçal - Percussão em "Alagados", "Teerã" e "Você"

*Esta foto foi feita em um show da banda em Caxias do Sul enm 2005.
Foto: Gabriel Lain

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Nei Lisboa recebe título em Caxias


O músicio Nei Tejera Lisboa foi homenageado na noite desta terça-feira, 29, com o Título de Cidadão Emérito na Cãmara caxiense. O título reconhece os 30 anos de carreira do músico, assim como os 50 anos de vida.

Nei fez um discurso singelo mas profundo. Em poucas palavras, disse que passou os primeiros seis anos de vida em Caxias do Sul. Um tempo em que formou sua personalidade e maneira de ser. Ao final da homenagem, o músico tocou quatro de suas principais composições.

Histórico

Nei Tejera Lisboa, filho de Eurico de Siqueira Lisboa e Clélia Tejera Lisbôa nasceu no hospital Pompéia em Caxias do Sul, no dia 18 de janeiro de 1959 e é o mais jovem entre sete irmãos.

O homenageado é músico profissional e escritor. Sua paixão pela música surgiu na infância, quando aos oito anos de idade tornou-se aluno do Liceu Musical Palestrina, de Porto Alegre, e consolidou-se ao ingressar, em 1977, no curso de Composição e Regência da UFRGS.

Fotos: Gabriel Lain

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Som Brasil homenageia Renato Russo

“Se uma pessoa prestar atenção nas letras da Legião Urbana, vai notar que aquilo foi dito para ela mesma. As pessoas têm uma curiosidade para saber se somos sinceros, se somos realmente honestos no que a gente faz, se as experiências são realmente coisas que a gente viveu”, declarou, certa vez, Renato Russo, homenageado do ‘Som Brasil’ do dia 25 de setembro.

Nascido em 27 de março de 1960, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, Renato Manfredini Júnior teve seu primeiro contato com a cultura americana aos 7 anos de idade, quando foi morar com a família em Nova York. Aos 13 anos, o trovador solitário se mudou para Brasília onde, cinco anos depois, criou seu primeiro grupo, o Aborto Elétrico, influenciado pelo punk rock britânico.

Em 1982, ele montou a Legião Urbana ao lado do guitarrista Dado Villa-Lobos e do baterista Marcelo Bonfá, entrando definitivamente para a história do rock brasileiro. O cantor faleceu prematuramente há treze anos e, entre seu trabalho com a Legião e a carreira solo, deixou um legado de 14 discos que já venderam mais de 15 milhões de cópias.

Para relembrar alguns dos maiores sucessos de Renato Russo, Camila Pitanga receberá no palco do ‘Som Brasil’ a cantora gaúcha Leila Pinheiro; o cantor e compositor carioca Jay Vaquer; e banda de indie rock carioca Mop Top; além de uma das principais intérpretes da geração de 1990, Zélia Duncan. Os convidados interpretarão canções como “Quase sem querer”, “Tempo Perdido”, “Ainda é Cedo”, “Montecastelo”, “Será?”, “Índios” e “Que País é Esse?”.

*Fonte: Som Brasil
Foto: Ricardo Junqueira / Divulgação


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ACDC confirma show em São Paulo

O AC/DC confirmou na manhã desta segunda, 14 de setembro, uma apresentação do grupo em São Paulo no estádio do Morumbi, dia 27 de novembro. Os ingressos começarão a ser vendidos no dia 1º de outubro.

Esta é a terceira passagem da banda pelo país. A primeira vez foi no Rock in Rio de 1985. A banda fez duas apresentações, nos dias 15 e 19 de janeiro, como banda principal. Os shows foram assistidos por 300.000 pessoas na cidade do rock e por milhões de pessoas em todo o mundo através da TV.

A segunda vinda foi durante a turnê do álbum “Ballbreaker” em 1996. Inicialmente os shows estavam marcados para o Rio de Janeiro e São Paulo, mas devido a problemas em torno da liberação do Maracanã o show foi transferido para Curitiba.


Direto do site:
"-November 27, 2009: Sao Paulo, Brazil - Morumbi Stadium (Fan Club Sale starts Thursday, October 1 @ TIME TBA)"

*Com informações da MTV

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Repertório do show da Orquestra da UCS e Nei Lisboa

Os 50 anos de vida e os 30 anos de carreira do músico caxiense Nei Lisboa serão comemorados em um concerto especial, dia 10 de setembro, no UCS Teatro, em Caxias do Sul. A partir das 20h30min, o cantor e a Orquestra Sinfônica da UCS, regida pelo maestro Manfredo Schimiedt, apresentam ao público grandes sucessos.

Nei também estará acompanhado pelos músicos Paulinho Superkovia (violão), Michel Dorfman (piano), Clóvis Boca Freire (contrabaixo acústico) e Ricardo Arenhradt (bateria).

Os ingressos equivalem a alimentos não-perecíveis, que podem ser trocados de 8 a 10 de setembro na Livraria Universitária, localizada no Centro de Convivência da UCS, Cidade Universitária.

Repertório

Produção urgente - Nei Lisboa
Mundos seus - Nei Lisboa
Em pleno carnaval - Nei Lisboa
Tropeço - Nei Lisboa
Berlin Bomfim - Nei Lisboa e Hique Gomez
For no one - Lennon e McCartney
Bennie and the jets - Elton John
Still you turn me on - Emerson, Lake & Palmer
Verdes Anos (voz e violão) - Nei Lisboa e Augusto Licks
Telhados de Paris (com banda) - Nei Lisboa
Baladas (com banda) - Nei Lisboa
Pra te lembrar - Nei Lisboa
Romance - Nei Lisboa
Bar de mulheres - Nei Lisboa
Confissão - Nei Lisboa
Relógios de Sol - Nei Lisboa
Another brick in the wall - Roger Waters

Foto: Divulgação

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Alexandra Scotti no Rio

A cantora e compositora gaúcha Alexandra Scotti , juntamente com o guitarrista carioca Pedro Limão apresentam o "Pin-up Show " no Cabaré das Rosas.

Inspirado no universo burlesco , tanto nos figurinos como na performance, assim como no repertório escolhido, o show traz clássicos de Marilyn Monroe, Julie London, Stray Cats, além das composições próprias de Alexandra Scotti como “Docinha”, “ Pra seu governo “ e “ Vou Cozinhar pra você “, com temas bem femininos, divertidos e provocativos.

As canções ganham uma roupagem mais ousada, com as guitarras de Pedro Limão, que faz arranjos inusitados para clássicos como “ My Heart belongs to daddy ”, “ Miss Celie’s Blues ” , “Dois pra lá, dois pra cá “, entre outras.

Músico convidado: Mac Willian ( bateria e percussão )
Serviço: PIN-UP SHOW
Local: Cabaré das Rosas
Rua Conselheiro Saraiva 12 / Centro
Rio de Janeiro / RJ

Todas as quintas-feiras de setembro
(3, 10, 17 e 24 )

21h em ponto
Couvert Artístico: R$ 30,00

domingo, 23 de agosto de 2009

Nova do Rosa Tattooada

Rocknroll até morrer. A música que tá abrindo e fechando os shows da banda atualmente.




os caras no programa do jô




sábado, 22 de agosto de 2009

CHUCK BERRY DE MERCEDES-BENZ EM PORTO ALEGRE

Considerado um dos pais do Rock and Roll, Chuck Berry, com mais de 80 anos, voltou a Porto Alegre para apresentação única na última quinta-feira, 20, no Teatro do Bourbon Country. Desta vez, a lenda viva do rock rodou pela capital gaúcha com uma Mercedes-Benz , modelo E 350, cedida à Opus Promoções pela Green Rent Car, do empresário Roger Russowski.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Raul Rock Seixas

Muito menos do que 20 mil anos atrás, exatamente no dia 21 de agosto de 1989 Raul Seixas deixava este plano e entrava para a história da música brasileira. Goste ou não, com certeza você já ouviu pelo menos uma música dele. Seja uma versão original ou uma destas regravações que tocam nas rádios.

Hoje apresento um dos meus melhores discos, que, quando ouvi pela primeira vez, tive certeza de que seria o melhor. Lançado originalmente em 1973, com o título de "Os 24 Maiores Sucessos Da era Do Rock", e creditado à uma banda de nome Rock Generation, este projeto foi na verdade, a prova de fogo para que Raul permanecesse na Phonogram.

No LP, Raul cantava a maioria dos 24 clássicos do rock internacional e da Jovem Guarda sem recebr crédito como cantor, apenas como produtor. Aqui Raul foi acompanhado por excelentes músicos, como o guitarrista Jay Vaquer, o baixista Paulo César Barros(Blue Caps) e o tecladista Luiz Paulo Simas.

Em 1975, aproveitando a fama de Raul, o disco foi relançado como "Raul Seixas - 20 Anos De Rock" desta vez, como mais um álbum de Raul. Para esta nova edição, a gravadora inseriu palmas, um som de público, dando a noção de um álbum ao vivo. em 1985, o LP foi novamente relançado, agora com o título "30 Anos de Rock".

No repertório, clássicos como Rock Around The Clock, Blue Suede Shoes, Tutti-Frutti, Rua Augusta, O Bom, Estúpido Cupido, Banho De Lua e Lacinhos Cor-de-rosa. Pra quem ainda não conhece esse disco, um link abaixo pode lhe ajudar.

RAUL SEIXAS - 30 ANOS DE ROCK - (1975-FONTANA/PHONOGRAM)

01-Abertura
02-Rock Around The Clock_Blue Suede Shoes_Tutti-Frutti_Long Tall Sally
03-Jambalaya_Shake,Rattle And Roll_Bop-a-lena
04-Rua Augusta_O Bom
05-Estúpido Cupido_Banho De Lua_Lacinhos Cor-de-rosa
06-The Great Pretender
07-Diana_Little Darling_Oh Carol_Runaway
08-Poor Little Fool_Bernardine
09-Marcianita_É Proibido Fumar_Pega Ladrão
10-Only You
11-Vem Quente Que Eu Estou Fervendo

Pra conhecer este disco clique aqui

Discografia

* 1968 - Raulzito e os Panteras
* 1971 - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10
* 1973 - Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock
* 1973 - Krig-Ha, Bandolo!
* 1974 - O Rebu (Trilha sonora original - Raul Seixas & Paulo Coelho)
* 1974 - Gita
* 1975 - 20 Anos de Rock (Reedição de Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock)
* 1975 - Novo Aeon
* 1976 - Há Dez Mil Anos Atrás
* 1977 - Raul Rock Seixas
* 1978 - O Dia Em Que a Terra Parou
* 1979 - Mata Virgem
* 1979 - Por Quem Os Sinos Dobram
* 1980 - Abre-Te Sésamo
* 1983 - Raul Seixas
* 1984 - Metrô Linha 743
* 1985 - Let Me Sing My Rock And Roll
* 1986 - Raul Rock Volume 2
* 1987 - Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!
* 1988 - A Pedra do Gênesis
* 1989 - A Panela do Diabo (com Marcelo Nova)

- Álbuns póstumos

* 1992 – O Baú do Raul (Raridades)
* 1998 – Documento
* 2003 – Anarkilópolis
* 2006 – O Baú Do Raul Revirado

- Álbuns ao vivo

* 1983 - Ao Vivo - Único e Exclusivo
* 1993 - Raul Vivo (Reedição de Ao Vivo - Único e Exclusivo com faixas extras)
* 1994 - Se o Rádio Não Toca (Show em Brasília, 1974)

Para conhecer diversos discos clique aqui

*Fonte: musicadampbaorock

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Kiss

Os caras do Kiss colocaram para audição no site oficial a nova faixa Modern Day Delilah. A canção fará parte do álbum Sonic Boom. O disco chega às lojas no dia 6 de outubro com mudanças: o guitarrista Tommy Tayher assume o posto de Ace Frehley e Eric Singer comandando as baquetas no lugar de Peter Criss. Psycho Circus, O último CD da banda foi lançado em 1998.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Rosa Tattooada

Uma boa oportunidade para conferir a nova formação da banda. Além dos imortais Jacques Maciel e Beat Barea, os novos integrantes Valdi Dallarosa e Martin De Andrade. Sábado, dia 15, no Vagão Bar, em Caxias do Sul. R$ 15 na hora e R$ 12 com nome na lista do bar no Orkut.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

“Beatles: A Razão e a Paixão”

O espetáculo “Beatles: A Razão e a Paixão” acontece nos dias 15 e 16, próximo sábado e domingo, às 20h em Caxias do Sul. O show une a Orquestra de Madeiras da Orquestra de Sopros e o Coral Municipal de Caxias do Sul. Eles apresentam belas versões de clássicos dos Beatles. O ingresso custa R$ 10,00 e eu recomendo.

Foto: Maicon Damasceno / Divulgação

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Contatos

A internet diminui distâncias mesmo. Esta semana tive a grata oportunidade de receber um e-mail de uma guria que trouxe boas notícias. O nome dela é Aline Rochedo e ela é mestranda da UFF. O trabalho dela é uma pesquisa que refere-se ao rock dos anos 1980. Em um dos capítulos da dissertação, ela analisa as capas de LPs do Brock com ênfase naquela década.

Ela me pediu umas dicas e informações sobre alguns LPS. Em primeiro lugar, o tema é afude, e pelo resumo do resumo que eu recebi, tenho certeza que será nota 10. Olha o que ela me escreveu: "Entender o produto musical a partir da lógica social e do tempo histórico em que foi construído. Proveniente da juventude que se autodenominava “os filhos da revolução”.

Bem que poderia virar um livro, não?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Legião Urbana

Lançado em 1984 pela EMI, o primeiro LP da Legião Urbana não passa de um primeiro LP de uma grande banda. Abre com o clássico “Será” e segue com os destaques para “Ainda é cedo” e “Geração Coca-Cola” no lado A. Para muitos, “Soldados”, “Teorema” e “Por Enquanto” são fortes hinos. Eu descordo e creio que eles não passam de um bom Lado B.

“Geração Coca-Cola” e “A Dança” são do tempo do Aborto Elétrico, banda formada por Renato Russo, Flávio Miguel*, Fê Lemos e André Pretorius. Certa vez Renato Russo disse que “Será” era perfeita para abrir shows, pois as pessoas a conheciam de cór e as faziam pular, etc, etc...

Já nas primeiras linhas do LP: “Tire suas mãos de mim, Eu não pertenço a você, Não é me dominando assim, Que você vai me entender, Eu posso estar sozinho, Mas eu sei muito bem aonde estou, Você pode até duvidar, Acho que isso não é amor.” Até quem não gosta de Legião conhece essa estrofe do Rock Brasil dos anos 1980.

Na sequência do lado A, “A Dança”, “Petróleo Do Futuro”, “Ainda É Cedo”, que ganhou um video clip artesanalmente produzido, “Perdidos No Espaço” e “Geração Coca-Cola”, que virou hit/hino da galera esquerdista dos anos 1980 e 1990. Versões ao vivo de “Ainda É Cedo” ganharam novas roupagens ao longo do tempo, com citações de “Gimme Shelter”, “I Can´t Get No” e “Rock Around The Clock”.

Pra fechar, no Lado B, uma excelente linha de baixo comandada por Renato Rocha em “O Reggae”,
“Baader-Meinhof Blues” que fez parte do Acústico MTV, gravado em 1992, “Soldados”, que segundo alguns, tem algo em duplo sentido, num debate homossexual, “Teorema” gravado pelo Ira! anos mais tarde, e “Por Enquanto” regravado pela Cássia Eller.

Lado A
1. Será
2. A Dança
3. Petróleo Do Futuro
4. Ainda É Cedo
5. Perdidos No Espaço
6. Geração Coca-Cola

Lado B
7. O Reggae
8. Baader-Meinhof Blues
9. Soldados
10. Teorema
11. Por Enquanto




*Segundo o Caderno Perdido do Renato Russo, publicado parcialmente pela revista Bizz na edição 142, Flávio Lemos, do Capital Inicial, ex-Aborto Elétrico, assinava como Miguel, em seu segundo nome.

**“Você com as suas drogas
E as suas teorias
E a sua rebeldia
E a sua solidão
Vive com seus excessos
Mas não tem mais dinheiro
Pra comprar outra fuga
Sair de casa então
Então é outra festa
É outra sexta-feira
Que se dane o futuro
Você tem a vida inteira
Você é tão esperto
Você está tão certo
Mas você nunca dançou
Com ódio de verdade.”

** A Dança
***Foto: Divulgação

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Rei Roberto Carlos

Levantamento breve na curta discografia apontou pelo menos 17 LPs do Rei Roberto Carlos. Aos poucos pretendo apresentá-los neste espaço. Por enquanto só disponibilizo a lista.

É Proibido Fumar 1964
Jovem Guarda 1965
Canta para Juventude 1965
Em ritmo de aventura 1967
O Inimitável 1968
Roberto Carlos 1972
Roberto Carlos 1973
Roberto Carlos 1974
Roberto Carlos 1976
Roberto Carlos 1977
Roberto Carlos 1978
Roberto Carlos 1979
Roberto Carlos 1980
Roberto Carlos 1982
Roberto Carlos 1983
Roberto Carlos 1984
Roberto Carlos 1988

Foto: Divulgação

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Engenheiros...

Fábrica de discos voltará a funcionar

A Polysom, única fábrica de LPs da América Latina localizada em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, ficou desativada até ser comprada pela Deckdisc, no início deste ano. Prestes a voltar a funcionar, a empresa não tem vínculos com a gravadora e deve produzir 40 mil LPs por mês.

A data da conclusão da reforma da empresa, que começou em maio, depende de diversos fatores, mas a Polysom deve reabrir suas portas ainda este ano. A capacidade de produção será de 40 mil discos por mês. Como não se fabrica mais maquinário para prensar discos de vinil, todo o equipamento da Polysom é reaproveitado.

A Polysom vai vender o produto semi-acabado. Caberá às gravadoras colocar a capa, embalar e vender. O preço final também vai depender delas. Nos Estados Unidos, as vendas de discos de vinil aumentaram 50% em relação ao ano passado, de acordo com dados divulgados pela Soundscan. Segundo a empresa, a estimativa é que sejam vendidos 2,8 milhões de LPs no país até o final do ano – esta é a marca mais alta desde que a Soundscan passou a acompanhar o setor, em 1991.

Com informações do G1.
Foto: Gabriel Lain

segunda-feira, 13 de julho de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Rei do pop foi declarado morto às 18h26

Michael Jackson, considerado o Rei do Pop, morreu na tarde desta quinta-feira, 25, após sofrer parada cardíaca e ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center, em Los Angeles.

O cantor de 50 anos não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa e deu entrada no hospital em estado de coma.

Michael Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958 em Gary, Indiana, o sétimo de nove irmãos. Cinco dos irmãos Jackson - Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Michael - apresentaram-se juntos pela primeira vez num programa de calouros quando Michael tinha 6 anos. Eles levaram o primeiro prêmio.

O grupo mais tarde se tornou o The Jackson Five, e, quando assinou contrato com a gravadora Motown Records, no final dos anos 1960, passou por uma metamorfose final, tornando-se The Jackson 5. Pelo mesmo selo, Michael lançou seu primeiro álbum solo em 1972, "Got to be there".

De lá até a 2001, o cantor gravou outros oito álbuns solo, incluindo "Off the wall" (1979), produzido pelo lendário Quincy Jones, e "Thriller" (1982), que ficou 37 semanas consecutivas no primeiro lugar das paradas, com cerca de 60 milhões de cópias vendidas no mundo.

Fico devendo um LP do cara aqui... Mas por enquanto olha isso http://www.youtube.com/watch?v=uy8kIXA4STs

*Com informações do G1

terça-feira, 16 de junho de 2009

Disco de infância

Pela mais clara e forte influência do meu pai, eu ouvia Simon and Garfunkel na infância. Quase 20 anos depois de conhecer esses caras, acabo de transferir o disco 'Bridge Over Troubled Water e outros sucessos' para minha humilde coleção de discos.

Pode parecer precoce, mas esse disco era um dos que eu mais ouvia antes de descobrir as rádios em AM e suas programações esportivas. O LP é muito bom mesmo, e só tem clássicos da dupla.

De acordo com uma crítica de Sidney Rezende, em 1969, Simon e Garfunkel eram dois dos artistas mais populares do mundo. Segudno ele, naquele ano a dupla já havia terminado a gravação de seu último álbum de estúdio, "Bridge Over Troubled Water", que veio a ser lançado somente em janeiro de 1970.

Rezende lembra que Paul Simon e Art Garfunkel iniciaram uma turnê pelos Estados Unidos antes que o álbum chegasse às prateleiras das lojas. "A dupla resolveu gravar algumas dessas apresentações, que dariam origem ao seu primeiro álbum ao vivo. Acontece que, após o lançamento de "Bridge Over Troubled Water", a dupla se desfez e o tal disco ao vivo foi abortado", lembra.

O álbum 'Bridge over Troubled Water' foi lançado no dia 26 de Janeiro de 1970 e chegou a número um nas paradas da Billboard Hot 100 no dia 28 de Fevereiro de 1970 e lá permaneceu por seis semanas.

O legal é que Elvis, Johnny Cash, Roy Orbison, Elton John, The Jackson Five e outros grandes nomes da música mundial gravaram 'Bridge over Troubled Water'.

Mas os 'outros sucessos' do disco seguem e são verdadeiros cássicos. Meus destaques ficam por conta de 'Mrs. Robinson', 'Cecilia', 'Scarborough Fair' e 'El Condor Pasa'.

Os Caras

Simon and Garfunkel foi uma conhecida dupla norte-americana de folk-rock dos anos de 1960, formada por Paul Simon e Arthur 'Art' Garfunkel. Os dois se conheceram ainda no colégio, em 1953, quando interpretaram em uma encenação de Alice no País das Maravilhas, em que Simon interpretava o Coelho Branco e Garfunkel como o Gato de Cheshire).

Filhos da comunidade judaica do Brooklin, em Nova York, em 1957, formaram a dupla adolescente Tom and Jerry, e conseguiram um relativo sucesso com o hit "Hey Schoolgirl". No início dos anos de 1960, a parceria momentaneamente se desfez, quando Paul Simon foi cursar a Faculdade de Letras, mas em 1963 voltaram a trabalhar juntos.

A Separação

Ao mesmo tempo, a relação de Simon & Garfunkel começou a desgastar-se. Seu último álbum, Bridge Over Troubled Water, de 1970, foi marcado por desavenças devido diferenças artísticas entre ambos. A canção título foi um sucesso espetacular e a separação logo em seguida lamentada pelos fãs. Contudo, em meados dos anos de 1970, reataram a amizade e chegaram a colaborar mutuamente em músicas solo de cada um. Em 1981 reencontraram-se para um mega-concerto no Central Park de Nova York que foi assistido por cerca de 500.000 pessoas, rendendo um álbum duplo ao vivo (comentarei aqui um dia desses).

Discografia

1964: Wednesday Morning, 3 A.M.
1966: Sounds of Silence
1966: Parsley, Sage, Rosemary and Thyme
1968: Bookends
1970: Bridge Over Troubled Water


Lado A
The Sound of Silence
El Condor Pasa
Cecilia
Homeward Bound
The 59th. Street Bridge Song (Fellin Groovy)

Lado B
Bridge over Troubled Water
Mrs. Robinson
Scarborough Fair
The Boxer

Durval Discos

Discos de vinil são bons papés de fundo para histórias no cinema. Lembro de pelo menos duas. Uma muito boa e outra meiaboca. Como sempre esperamos pelo melhor no final, inicio com "Durval Discos".

Na minha opinião, o filme poderia ser muito melhor do que, de fato, foi. Durval (Ary França) e sua mãe Carmita (Etty Fraser) vivem há muitos anos na mesma casa onde funciona a loja Durval Discos, que já foi muito conhecida no passado mas hoje vive uma fase de decadência devido à decisão de Durval em não vender CDs e se manter fiel aos discos de vinil. Até aí, tudo bem.

Só que para ajudar sua mãe no trabalho de casa Durval decide contratar uma empregada. O baixo salário acaba atraindo Célia (Letícia Sabatella), uma estranha candidata que chega junto com Kiki (Isabela Guasco), uma pequena garota.

Após alguns dias de trabalho Célia simplesmente desaparece, deixando Kiki e um bilhete avisando que voltaria para buscá-la dentro de 3 dias. Durval e Carmita ficam surpresos com tal atitude, mas acabam cuidando da garota. Até que, ao assistir o telejornal, mãe e filho ficam cientes da realidade em torno de Célia e Kiki e os discos ficam de lado.

O elenco é bem legal, tem a Marisa Orth (Elisabeth), Rita Lee (Tia Julieta), André Abujamra (Fat Marley) e Theo Werneck (DJ Theo). O filme recebeu duas indicações ao Grande Prêmio Cinema Brasil, nas seguintes categorias: Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora. Além disso, ganhou sete Kikitos de Ouro no Festival de Gramado, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Prêmio do Júri Popular, Prêmio da Crítica, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.

O melhor, na minha opinião, é a loja de vinil e o próprio Durval, que é a cara do Marky Ramone. Além disso, a grande Letícia Sabatella e uma cena do xixi e da torneira. No mais, uma espécie de Sessão da Tarde.

Título Original: Durval Discos
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2002
Site Oficial: www.durvaldiscos.com.br
Estúdio: Dezenove Som e Imagens / África Filmes
Distribuição: Riofilme
Direção: Anna Muylaer
Roteiro: Anna Muylaer
Produção: Sara Silveira e Maria Ionescu
Música: André Abujamra
Fotografia: Jacob Solitrenick
Direção de Arte: Ana Mara Abreu
Figurino: Marisa Guimarães
Edição: Vânia Debs

A trilha sonora tem as seguintes faixas:

1. Mestre Jonas - Os Mulheres Negras
2. Que Maravilha - Jorge Ben
3. Maracatu Atômico - Gilberto Gil
4. Madalena - Elis Regina
5. Irene - Caetano Veloso
6. Ovelha Negra - Rita Lee
7. Back In Bahia - Gilbetto Gil
8. Alfômega - Caetano Veloso
9. Besta É Tu - Novos Baianos
10. Xica Da Silva - Jorge Ben
11. London,London - Gal Costa
12. Pérola Negra - Luiz Melodia
13. Mestre Jonas - Sá, Rodrix E Guarabyra

Fotos: Divulgação
*O próximo filme que irá aparecer aqui é "Alta Fidelidade"

Entrevista

Nando Reis: Vinil é uma relação multi-sensorial; olfativa, visual, tátil... A dica é da Juliana Bevilaqua. Em breve falo deste vinil 'de Caetano' por aqui...

Ah, hoje no MTV Debate a volta do vinil.Lobão no comando e na mesa: Daniel Vaughan (Viva o Vinil!) Fabricio Nobre (Monstro Discos), Luiz Calanca (Baratos Afins), Rodrigo Brandão (ex-VJ da MTV e vocal do Mamelo Sound System), Dj Carlo Dall Anese, Rodrigo Favero (audiência).

MTV Debate
Terça às 22h30
Reprise: Quarta à 01h30

Foto: MTV

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Coletânea Seixas

Coletâneas têm sempre a função de arrecadar uma grana e juntar os maiores sucessos dos artistas. Muitas vezes estes dois objetivos não são alcançados. Ou vende pouco, ou tem músicas ruins. Não é o caso do Raul Seixas 'Maluco Beleza'.

Este é o 33º disco do Raul e foi lançado em 1993 após sua morte em 1989. Todas as versãoes deste LP são originais, ou seja, o disco não conta com nenhum ao vivo, exclusivo ou inédito. As músicas são de todas as fases do Raul.

Tudo começa com Maluco Beleza, Guita e Rock das Aranha, meus destaques no lado A. Já o lado B é mais 'bagaceiro', se é que este termo pode ser colocado nesta ocasião. Digo isso devido a inclusão de Mosca na Sopa, Como vovó já dizia e Al Capone.

Resumindo a obra, o LP lançado pela Globo Polydor é um bom exemplar pra quem quer conhecer um pouco da obra deste grande ícone do rock nacional sem comprar diversos discos do Rauzito.

Lado A
01 MALUCO BELEZA
02 GITA
03 ROCK DAS ARANHA
04 EU NASCI HA 10 MIL ANOS ATRAS
05 TENTE OUTRA VEZ
06 MEDO DA CHUVA
07 SOCIEDADE ALTERNATIVA

Lado B
08 OURO DE TOLO
09 METAMORFOSE AMBULANTE
10 COMO VOVO JA DIZIA
11 MOSCA NA SOPA
12 AL CAPONE
13 O TREM DAS 7
14 METRO LINHA 743

Pra baixar: http://rapidshare.com/files/111328111/Raul_Seixas_-_Maluco_Beleza.rar

Pra comprar: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-89613980-vinil-raul-seixas-maluco-beleza-_JM

Phil Spector e sua ficha

O Departamento Correcional da Califórnia divulgou nesta quarta-feira (10) as fotografias que constam na ficha criminal de Phil Spector. O produtor musical, que já trabalhou com Beatles e Ramones, está preso na Penitenciária do Condado de Kern após ter sido condenado a pelo menos 19 anos de reclusão pelo assassinato da atriz Lana Clarkson.

Anunciada em 29 de maio, a sentença afirma que Spector deve passar um mínimo de 19 anos na cadeia até se tornar apto a pleitear a liberdade condicional. Se não conseguir a condicional, ele deve passar o resto da vida atrás das grades.

Phil produziu o álbum “End of the Century”, dos Ramones. Na época, o que era para ser o clássico definitivo dos Ramones não teve bem esse resultado. O disco conseguiu desagradar aos fãs e a Johnny, Dee Dee e Marky. O único satisfeito com o disco, além do próprio produtor, foi Joey, um eterno apaixonado pela sonoridade pop dos anos 60 e fã do produtor.

Reza a lenda, que certa vez, Phil Spector convidou a banda para passar um tempo na casa do produtor, que na verdade acabou meio que 'seqüestrando' os Ramones. Durante a gravação do LP, Johnny quase mandou tudo a PQP já que teve que repetir o primeiro acorde de Rock'n'Roll High Scool diversas vezes até que o produtor aprovasse o som que ele queria. (Esta e outras história sobre a gravação do disco estão do documentário “End of the Century”)

Uns 10 anos antes, lá por Novembro de 1968 Os Beatles estavam quase entrando em colapso e apesar do Álbum Branco estar sendo considerado um dos melhores discos do grupo, o clima de tensão das gravações geraram desavenças.

Nessa época Phil produziu o disco 'Let it Be', mas John Lennon estava mais interessado com sua 'new life' com Yoko Ono e seus álbuns experimentais, George Harrison também começou a embarcar na onda de discos solo, Ringo decidiu se aventurar a fazer cinema. Só Paul McCartney ainda tinha o sonho de manter o grupo unido, e numa tentativa desesperada da façanha, Teve a idéia do projeto 'Get Back'.


Sobre o crime:

Clarkson, 40, atriz de filmes-B (de baixo orçamento), morreu por um tiro na boca, disparado do revólver de Spector. O episódio ocorreu no castelo em que o produtor morava, em 3 de fevereiro de 2003. Os dois haviam se encontrado horas antes em uma casa noturna de Hollywood.

O produtor negou o crime, mas não se apresentou para testemunhar em nenhum dos dois julgamentos. Ele vem sendo mantido sob custódia desde a condenação em 13 de abril.

A promotoria afirma que o tiro que matou Clarkson faz parte de uma série de ameaças com armas e violência que Spector cometera contra mulheres nos últimos 20 anos em ataques de fúria.

Já os advogados de Spector alegaram que a atriz estava deprimida pelo fracasso de sua carreira e, por isso, cometera suicídio.

Spector teve uma infância atormentada. Seu pai cometeu suicídio, sua irmã passou anos internada em sanatórios e ele próprio sofria de depressão severa. Pouco antes do assassinato de Clarkson, Spector afirmou a um jornalista britânico, em uma de suas raras entrevistas, que sofria de personalidade bipolar e que havia "demônios lutando dentro de mim".

*Com informações do G1

terça-feira, 9 de junho de 2009

Continuamos em Brasília

Aproveitando nossas passagens e estadias cedidas por um parlamentar amigo, apresentamos uma das mais novas aquisições. Sonhado por muito tempo, hoje o disco faz parte da minha humilde coleção. "O Concreto Já Rachou", de 1985 é o primeiro disco da Plebe Rude.

Phillipe Seabra, guitarra e voz; Jander Ribeiro, guitarra; André X, baixo; Gultje, bateria iniciaram a banda em 1981 na capital federal. O destaque veio só em 1982, em meio a efervescência roqueira de Brasília, que na época era grande.

Um tempo depois foram para São Paulo, onde tocaram com Ira e para o Rio, onde dividiram palco com Paralamas do Sucesso e Legião Urbana. Este mini LP "O Concreto Já Rachou" tem as músicas "Até Quando Esperar", "Proteção" e "Johnny Vai à Guerra", entre outras.

Herbert Vianna, Jorge Israel, Jaques Morelenbaum e Fernanda (da Blitz) participam do disco. O curiosos é que o Herbert canta: "Vou mudar meu nome para Herbert Vianna" na música Minha Renda.

O que não pode passar despercebido em qualquer momento, é que este disco conta com a principal música da banda: "Até quando esperar". O hino é obrigatório para qualquer banda esquerdista/juvenil. "Até quando esperar? A plebe ajoelhar esperando a ajuda do divino Deus"

O disco tem a produção do Herbert Vianna, com a gravação e mixagem do Renato Luiz. O trabalho rendeu um Disco de Ouro quase que da noite para o dia e, segundo o jornalista Arthur Dapieve, na antologia BRock, O Rock Brasileiro dos Anos 80: “O Concreto já rachou é sério candidato a melhor disco da história do Rock Brasileiro.”

Essa deve ter sido uma das primeiras notas da imprensa sobre a banda:

"Show de Rock
25/11/1981 - Correio Braziliense

Show de rock com os grupos Blitx, Plebe Ruide, Fusão e Aborto Elétrico, hoje, as 21 horas. Sala Funarte. Ingressos a 150 cruzeiros."


No Baú da Plebe o primeiro release enviado pela EMI:

"Novos Grupos, Nova Energia - A Irreverência da Plebe Rude
1985 - Press release oficial da EMI

O Plebe Rude foi formado no dia 7 de julho de 1981, quando Gutje, Philippe e André fizeram uma versão da "Abertura de Guilherme Tell" e sua primeira música, "Pressão Social", que fala das pressões que a sociedade faz em cima dos jovens.

São quatro anos e meio de estrada: a honestidade, o ataque e a coragem estão intactos. Não há como descartar o impacto das canções, nem como rotular os jovens músicos. A irreverência do grupo é a de quem já sabe o que quer e como conseguir, sem angústias ou apelações.

Este trabalho do grupo irá supreender a todos que ainda se recusam a ouvir e respeitar o que todos os jovens conscientes estão dizendo.

Um trabalho que transmite, de forma direta, tudo o que está acontecendo. As letras contêm observações e detalhes que são verdadeiros gritos de alerta: els falam o que os outros têm medo de dizer.

Com tanta riqueza por aí onde é que está
Cadê sua fração? Até quando esperar?
A Plebe ajoelhar esperando a ajuda do Divino Deus"


Lado A
01 - Até Quando Esperar
02 - Proteção
03 - Johnny Vai À Guerra (Outra Vez)

Lado B
04 - Minha Renda
05 - Sexo e Karatê
06 - Seu Jogo
07 – Brasília

Pra baixar
http://www.4shared.com/file/97974329/d8f3d920/Plebe_Rude_-_O_Concreto_J_Rachou_1985_.html

Pra ter ótimas leituras sobre o rock nos anos 1980 acesse http://www.pleberude.art.br

sábado, 6 de junho de 2009

Raridade dos Ramones relançada em vinil

Dia 9 de junho, próxima terça-feira, será relançado o compacto histórico California Sun, dos Ramones. É a primeira vez em 30 anos que essa pérola chega às lojas. São apenas mil cópias do EP e a a pré-venda já começou no site Insound.

O EP California Sun foi lançado originalmente em 1976, pela Sire Records. Além da capa original e uma gravação ao vivo de “I Don’t Want to Walk Around With You” - registrado no primeiro show do grupo no Roxy (LA) - o novo disco traz no lado B a balada "I Want To Be Your Boyfriend".

Faixas:
1 - California Sun (Live)
2 - I Don't Want To Walk Around With You (Live)
3 - I Want To Be Your Boyfriend

*Fonte: MTV

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Legião Urbana e Paralamas Juntos, de novo

Confesso que não dei muita atenção quando vi na internet a capa do DVD 'Legião Urbana e Paralamas Juntos'. Acreditei que era artigo de fã, pois avaliei a arte muito simples. Passando pelas lojas de cds da cidade (re)vi aquela capa que acreditei ser algo apenas do mundo virtual.

Procurando novas informações descobri que de fato o dvd existe e é o mais novo produto da EMI. Exibido pela TV Globo apenas uma vez em 1988, o programa tem um CD bônus com as mesmas músicas incluídas.

O especial dirigido por Jodele Larcher e produzido por Carlos Alberto Sion funciona muito bem como artigo de interesse para os fãs. Para quem só ouvia falar no tal programa, agora não precisa mais juntas as peças soltas no Youtube, embora o site já disponibilize boa parte do dvd.

O programa abre com “The song remains the same”, do Led Zeppelin, seguida pelos primeiros acordes de “Purple haze”, de Jimi Hendrix. “Ska”, dos Paralamas, se transforma em “Get back”, dos Beatles. O rock clássico dá as caras e alinhava as referências musicais dos artistas, que terminam cantando “Ainda é cedo”, todos juntos, mas não sem antes emendarem versos de “Jumpin’ Jack Flash”, dos Rolling Stones.

Entre as raridades, o clipe de “Que país é este”, feito especialmente para o “Fantástico”. Ele faz parte dos extras do DVD, junto com números apresentados no lendário programa “Globo de Ouro” – a exemplo de “Melô do marinheiro” e “Soldados”. Mas o sempre controverso Renato Russo também rende ótimas aspas. “A relação a dois é melhor quando o jogo do poder inexiste” está entre elas.

Conteúdo do DVD:
1. Abertura - Os Paralamas Do Sucesso/Legião Urbana
2. Será - Legião Urbana
3. Meu Erro - Os Paralamas Do Sucesso
4. Tédio (Com T Bem Grande Pra Você) - Legião Urbana
5. Depois Que O Ilê Passar - Os Paralamas Do Sucesso
6. Tempo Perdido - Legião Urbana
7. Alagados - Os Paralamas Do Sucesso
8. O Beco - Os Paralamas Do Sucesso
9. Que Pais É Este - Legião Urbana
10. Nada Por Mim - Os Paralamas Do Sucesso/Legião Urbana
11. Dois Elefantes - Os Paralamas Do Sucesso
12. Eu Sei - Legião Urbana
13. Ainda É Cedo / Jumpin' Jack Fash - Legião Urbana/Os Paralamas Do Sucesso

Extras
1. Melô Do Marinheiro (Globo De Ouro) - Os Paralamas Do Sucesso
2. Tempo Perdido (Globo De Ouro) - Legião Urbana
3. Alagados (Globo De Ouro) - Os Paralamas Do Sucesso
4. Soldados (Globo De Ouro) - Legião Urbana
5. SKA (Globo De Ouro) - Os Paralamas Do Sucesso
6. Será (Globo De Ouro) - Legião Urbana
7. Óculos (Globo De Ouro) - Os Paralamas Do Sucesso
8. Que País É Este (Videoclipe - Fantástico) - Legião Urbana

Conteúdo do CD:
1. Será - Legião Urbana
2. Meu Erro - Os Paralamas Do Sucesso
3. Tédio (Com T Bem Grande Pra Você) - Legião Urbana
4. Depois Que O Ilê Passar - Os Paralamas Do Sucesso
5. Tempo Perdido - Legião Urbana
6. Alagados - Os Paralamas Do Sucesso
7. O Beco - Os Paralamas Do Sucesso
8. Que Pais É Este - Legião Urbana
9. Nada Por Mim - Os Paralamas Do Sucesso/Legião Urbana
10. Dois Elefantes - Os Paralamas Do Sucesso
11. Eu Sei - Legião Urbana
12. Ainda É Cedo / Jumpin' Jack Fash - Legião Urbana/Os Paralamas Do Sucesso

Foto: Divulgação
*Com informações do G1







sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nostalgia tecnológica é com a vitrola USB da ION

Colecionar LPs é uma arte única, não podemos negar. Ao mesmo tempo, é uma arte que ocupa espaço, acumula poeira e costumeiramente causa algum problema na sua vida. Para não trair o movimento e manter aquele som levemente sujo e bonito em formato digital, a vitrola ION TTUSB05 é uma boa ajuda.

Essa bela vitrolinha conta com entrada USB para facilitar a digitalização de todo seu conteúdo embolachado. Para isso, é só usar um dos dois programas que acompanham a vitrola, o EZVinil Converter ou o Audacity.

Mas se você só quer uma vitrola mais moderna, não tem problema. O ION TTUSB05 também tem saída de áudio RCA para você colocar seu vinil para rolar ali mesmo, sem medo de ser feliz.

Para isso, você terá que desembolsar 695 reais pelo site da e-Store. Mas sem pressa, já que o produto está fora de estoque. Quando comprar, Jimi Hendrix, Black Sabbath, Beatles e companhia agradecem a remoção da poeira.

Fonte: http://info.abril.com.br/

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A ex-banda, hoje de um homem só

Os Engenheiros do Hawaii começaram lá pelos anos 1980 naquele boom que trouxe, além deles, TNT, Cascavelletes, Julio Reny, Nenhum de Nós, etc... Do mundo pop rock, na minha opinião, Os Engenheiros são os melhores dos últimos 30 anos.

O Papa é Pop foi um dos melhores discos lançados pela banda, com certeza. Ele tem nada mais nada menos que as músicas "Exército de um Homem Só I", "Era um Garoto Que, Como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones", "Pra Ser Sincero" e "O Papa é Pop", entre outras.

Lançado em 1990, o 5º disco da banda tem algumas curiosidades, como a foto do Papa João Paulo II saboreando um chimarrão. De acordo com o encarte, a foto pertence ao ex-governador Leonel de Moura Brizola. A imagem foi feita durante a passagem dele pela capital gaúcha.

Nessa época, os caras foram aclamados pelo público e massacrados pela crítica. Os Engenheiros do Hawaii consagram-se no Rock in Rio II, arrancando elogios do jornal americano New York Times, apesar de ignorados pela Folha de São Paulo.

A música "Anoiteceu em Porto Alegre" é praticamente um "Faroeste Caboclo". Com 8:06, a letra quilométrica conta a participação de um narrador de futebol comemorando o título gremista em 1983 e com o clássico "Em Brasília, 19 horas. Este é a Voz do Brasil".

Um dos momentos interessantes deste disco fica na música "Perfeita Simetria", onde é necessário rodar o lp ao contrário para entender um trecho da música. Fiz o teste e só consegui ententer a parte do "O futebol brasileiro são várias camisetas com a mesma propaganda de refrigerantes. A juventude brasileira... sem bandeiras sem fronteiras pra defender."

Lado A
1. "Exército de um Homem Só I" (Augusto Licks, Gessinger) – 4:51
2. "Era um Garoto Que, Como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones" (Migliaci, Lusini) – 4:25
3. "Exército de um Homem Só II" (Licks, Gessinger) – 1:23
4. "Nunca Mais Poder" (Licks, Gessinger) – 4:36
5. "Pra Ser Sincero" (Licks, Gessinger) – 3:116. "Olhos Iguais aos Seus" – 3:45

Lado B
1. "O Papa é Pop" – 3:48
2. "A Violência Travestida Faz Seu Trottoir" – 6:53
3. "Anoiteceu em Porto Alegre" – 8:06
4. "Ilusão de Ótica" – 2:47

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Feira do Disco de Vinil atrai amantes de LPs

Colecionadores e interessados em LPs têm mais uma oportunidade de participar da Feira do Disco de Vinil, que prosseguirá até este sábado no segundo piso do Mercado Público Central. O evento funciona das 9h às 19h30min.

Dez expositores comercializam cerca de 30 mil discos, que vão de clássicos a raridades, além de grandes sucessos do rock, MPB, Velha Guarda, Jovem Guarda, jazz, gauchescas e sertanejas. Os preços variam de R$ 5 a R$ 600. Entre os discos mais procurados estão Beatles, Elvis Presley, Janis Joplin e pop rock em geral.

Foto: Edu Andrade, PMPA
Fonte: ZeroHora.com

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Guns n'churras

O terceiro disco do Rosa Tattooada não poderia ser mais audacioso. Lançado pela Paradoxx Music em 1994, o álbum Devotion é todo escrito em inglês. Na minha opinião, a melhor música do LP é "Cold Lovin Woman", mas o LP como um todo, está longe de ser um dos melhores da banda.
O projeto "Devotion" não obteve o sucesso esperado e resultou na separação da banda, que voltaria a gravar apenas em 2001 com uma nova formação, mantendo apenas Jacques Maciel e Beat Barea da formação inicial.

A banda, que vinha muito bem com os dois LPs anteriores, chegou a fazer shows de abertura para o Guns 'N' Roses, mas não emplacou este disco entre os fãs. Na época deste LP a banda contava com Jacques Maciel - Voz e guitarra, Beat Barea - Bateria, Paulo Cássio - Guitarra e Eduardo Rod - Baixo.

O LP, que é da cor vermelha, como podemos ver na imagem acima, foi produzido pela banda e marca bem uma época em que o hard rock não estava muito em alta, que foi a metade dos anos 1990. De qualquer forma, ele é um disco importante do rock gaúcho, porém não indispensável.

Lado A
1. Ritual
2. Cold Lovin Woman
3. Cheap Thrills
4. Motor
5. Spike And Spoon
6. River Of Madness

Lado B
7. Stinkin' Veins
8. Broken Bones
9. Lost Gull
10. Livin' In A Dead Body
11. Hangman's Noose

Pra baixar: http://www.4shared.com/account/file/65364886/6cb2ca89/Rosa_Tattooada_-_Devotion_by_JoHN_Mustang.html

Pra comprar: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-84439584-cd-rosa-tattooada-devotion-novo-_JM

Foto: Divulgação

terça-feira, 19 de maio de 2009

De volta para o Futuro

De volta para o Futuro é um dos clássicos dos anos 1980. Além disso, faz parte do sonho de muitas pessoas que se identificaram com o Marty McFly e o com o Doc Brown. Mas vamos ao que interessa. A trilha sonora deste filme á uma das melhores que já observei no cinema. A coleção completa da trilha é dividida em cinco cds. São os três referentes à triologia, uma edição promocional e uma espécie de coletânea.

Sobre o primeiro LP, ele começa com "The Power of Love" e segue com "The Wallflower (dance with me henry)", "Earth Angel (will be mine)" e "Johnny B. Goode" entre outras músicas desta grande triologia do Robert Zemeckis. Vale destacar ainda que entre os produtores executivos de De Volta Para o Futuro está o diretor Steven Spielberg.

As músicas que são tocadas no baile "Encantos Submarinos" também estão neste disco. Por fim, esta trilha se tem muito o que falar, mas o bom mesmo, é ouvi-la em lp, cd, k7 ou dvd. De qualquer forma, será um bom programa.

Lado A
The Power of Love
Time Bomb Town
Back to the Future
Heaven is one strep away
Back in Time

Lado B
Bach to the future Overture
The Wallflower (dance with me henry)
Night TrainEarth Angel (will be mine)
Johnny B. Goode

Elenco do filme:
Michael J. Fox (Marty McFly)
Christopher Lloyd (Dr. Emmett "Doc" Brown)
Lea Thompson (Lorraine Baines / Lorraine McFly)
Crispin Glover (George McFly)
Thomas F. Wilson (Biff Tannen)
Claudia Wells (Jennifer Parker)
Mark McClure (Dave McFly)
Wendie Jo Sperber (Linda McFly)
George DiCenzo (Sam Baines)
Lee McCain (Stella Baines)
James Tolkan (Sr. Strickland)
Billy Zane

Sinopse
Um jovem (Michael J. Fox) aciona acidentalmente uma máquina do tempo construída por um cientista (Christopher Lloyd) em um Delorean, retornando aos anos 50. Lá conhece sua mãe (Lea Thompson), antes ainda do casamento com seu pai, que fica apaixonada por ele. Tal paixão põe em risco sua própria existência, pois alteraria todo o futuro, forçando-o a servir de cupido entre seus pais.

Foto: Divulgação

Cachorro Grande CineRock

A banda gaúcha Cachorro Grande ainda não lançou nenhum LP, por enquanto. O som da banda, porém, lembra muito os bons tempos do vinil e por isso merece um post/convite neste blog.

O próximo álbum da banda foi produzido novamente por Rafael Ramos e vai se chamar 'Cinema'. Com 12 músicas, incluindo uma versão do clássico bolero Sabor a mi, que toca no meio da faixa de abertura, O Tempo Parou, o CD deve chegar às lojas entre junho e julho.

As faixas:

1. O TEMPO PAROU (Gabriel Azambuja) / SABOR A MI (Álvaro Carrillo)
2. DANCE AGORA (B. Bruno / M. Gross / Rodolfo Krierger)
3. AMANHÃ (B. Bruno / M. Gross)
4. POR ONDE VOU (M. Gross)
5. A ALEGRIA VOLTOU (B. Bruno / Gabriel Azambuja)
6. A HORA DO BRASIL (B. Bruno / M. Gross / Gabriel Azambuja / Rodolfo Krieger / Pedro Pelotas)
7. DIGA O QUE VOCÊ QUER ESCUTAR (M. Gross)
8. ELA DISSE (B. Bruno)
9. NINGUÉM MAIS LEMBRA DE VOCÊ (B. Bruno / M. Gross)
10. LUZ (M. Gross)
11. EILEEN (B. Bruno / Pedro Pelotas)
12. PESSOAS VAZIAS (Gabriel Azambuja)

Foto: Cisco Vasques, Divulgação

terça-feira, 5 de maio de 2009

Educação Sentimental

Em tempos de relacionamentos passageiros e descartáveis, nada melhor que uma lição de “Educação Sentimental”. Lançado em 1985 pela WEA, este é mais um clássicos dos anos 80. Ainda com a formação inicial, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens emplaca grandes sucessos como “A fórmula do Amor”, “Lágrimas e Chuva” e “Educação Sentimental II”.

Reza a lenda que, que esta foi mais uma das bandas criadas na faculdade. Leoni cursava Direito, o tecladista e saxofonista George Israel, Engenharia, e o guitarrista Bruno freqüentava às aulas de Historia. Até então, eles não tocavam juntos, e Leoni tinha uma banda com um amigo baterista chamado Beni e o guitarrista Pedro Farah.

Foi em uma aula de francês que Paula Toller e Leoni se conheceram. Paula soube que ele tinha uma banda com Beni e Pedro, foi para alguns ensaios e, com o tempo, os dois começaram a namorar. Logo depois, ela passou a cantar no grupo, ainda sem nome. George entrou na banda através de um amigo de Leoni e Bruno só entrou depois que Pedro Farah saiu da banda. Ele passou a ser o novo guitarrista, por indicação do próprio Farah.

Como acontecia nos ídos de 1982, 1983 e 1984, por exemplo, uma fita demo intitulada “Distração” caiu na rádio Fluminense FM, e o responsável pela programação, Luiz Antonio Mello, gostou muito da canção e resolveu tocá-la na mesma hora.

“Educação Sentimental” é o segundo disco da banda que chegou a tocar no Rock in Rio de 1985. Com o tempo, a banda abandonou os “Abóboras Selvagens” e foi largada pelo baixista/letrista Leoni, devido a algumas divergências ideológicas... Leoni segui a vida e montou um tempo depois os “Heróis da Resistência”. Já o Kid Abelha foi em frente com um pop romântico e com uma vocalista cada dia mais espetacular!

Lado A
01. Lágrimas e chuva
02. Educação sentimental II
03. Conspiração internacional
04. Os outros
05. Amor por retribuição

Lado B
06. Educação sentimental
07. Garotos
08. Um dia em cem
09. Uniformes
10. A fórmula do amor

Domingo

Por algum motivo desconhecido lembrei do “Ridi Pagliaccio”, que dá nome a música 2 do lado B do LP 'Domingo', dos Titãs. Depois de um bom tempo, resolvi ouvir este, que é um dos mais raros discos dos caras. Talvez por ser o último LP da banda, lançado em 1995, não é facilmente encontrado nas lojas do ramo. Para os desavisados, os Titãs não acabaram naquele ano, só que do “Acústico MTV”, de 1997, em diante, os álbuns foram lançados apenas em cd.

'Domingo' é o segundo trabalho do grupo com Jack Endino e veio bem mais pop do que os dois trabalhos anteriores. O LP contou com participações especiais de Herbert Vianna, João Barone, Andreas Kisser e Igor Cavalera. Ele chegou a ser disco de ouro e emplacou nas rádios a faixa-título e "Eu Não Agüento", da Banda Tiroteio, a primeira canção gravada pelos Titãs que não foi composta por um dos músicos do grupo.

“Qualquer Negócio” revela em alguns trechos da música o nome de cada Titã: “(Morreram Sérgio de Britto Álvares Affonso e Charles de Souza Gavin. Desaparecido Paulo Roberto de Souza Miklos, desde sábado de manhã)” ou “(Internados Joaquim Claudio Corrêia de Mello Junior e José Fernando Gomes dos Reis. Detidos Antonio Carlos Liberalli Bellotto e Marcelo Fromer, desde o último dia seis. Libertado Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho, poeta e compositor que havia sido sequestrado ao sair de um baile funk no morro chapéu mangueira na zona sul no Rio de Janeiro).”

Destacam-se ainda s músicas “Brasileiro”, “Uns iguais aos outros” e “Eu não vou dizer nada”. De longe não é o melhor disco da banda, mas com certeza, é um dos mais importantes do rock nacional nos anos 90. Em compaeração com 'Titanomaquia', disco anterior, 'Domingo' pode ser considerado pop em diversos momentos, mas ao mesmo tempo lembra o LP anterior em algumas faixas como “Turnê”.

Lado A
01. Eu Não Aguento
02. Domingo
03. Tudo o Que Você Quiser
04. Rock Americano
05. Tudo em Dia
06. Vámonos
07. Eu Não Vou Dizer Nada (Além do Que Estou Dizendo)

Lado B
08. O Caroço da Cabeça
09. Ridi Pagliaccio
10. Qualquer Negócio
11. Brasileiro
12. Um Copo de Pinga
13. Turnê
14. Uns Iguais aos Outros

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Paixão por vinil

Do blog da Fernanda Zaffari:

"A tecnologia digital é realidade. Está por todos os cantos. Mas tem uma turma que não abre mão do tradicional: o bom e velho vinil. Por isso, o programa Estilo Próprio foi conversar com Andréa Avila, apelidada de Garota Vinil, que transformou a paixão pelo LP em trabalho.
No centro de Porto Alegre, a paixão pelo longplay persiste. E quem procura um disco de vinil acha na loja de Antônio Xavier, que há 30 anos ajuda os colecionadores na busca das relíquias musicais."

Acesse e veja o vídeo. Eu recomendo!!

terça-feira, 14 de abril de 2009

1º Disco

O 1º Disco a gente nunca esquece, ainda mais se temos uma banda que grava um disco ! Tenho um teoria sobre o 1º disco das bandas. Em sua infinita maioria, é o melhor da carreira. Se este, do Capital Inicial, não for o melhor dos caras, com certeza está entre os três primeiros.

Gravado em 1986 pela Polygram, as 11 canções são algumas sobras do "Aborto Elétrico" e músicas criadas especialmente para o disco. O "Aborto", como é de conhecimento geral dos fãs do rock de Brasília-DF, tinha os irmãos Fê e Flávio Lemos e Renato Russo em sua formação original. Após diversas passagens clássicas do grupo e uma briga entre Fê e Renato durante um show a banda acabou.

Daquela época, algumas músicas ficaram com o Capital e outras com o Legião. Os maiores sucessos do Capital estão nesse LP. Entre eles, Música Urbana, Fátima e Veraneio Vascaína, que tem a participação do Renato na composição.

A direção musical é do Bozo Barretti, que acabou se juntando ao grupo uns discos depois. O mais legal da história é que este, é um LP com letras políticas e contestadoras, mas nas fotografias do encarte, Dinho Ouro Preto, Loro Jones, Fê e Flávio Lemos parecem modelos saídos diretamente das passarelas de Londres.

Lado A
01. Música Urbana
02. No Cinema
03. Psicopata
04. Tudo Mal
05. Sob Controle
06. Veraneio Vascaína

Lado B
07. Gritos
08. Leve Desespero
09. Linhas Cruzadas
10. Cavalheiros
11. Fátima

sábado, 21 de março de 2009

Quer uma festa punk??

Encontrado com muita sorte, "Histórias de sexo e violência" tem as melhores músicas dos Replicantes, na minha opinião. Lançado em 1987, o disco tem 14 músicas que expressam a revolta de quatro caras de Porto Alegre. Como era normal nos anos 1980, a música censurada da vez é "Adúltera", que apenas diz em sua letra: "Adúltera" (repertido mais de 40 vezes).

Com um discurso gráfico montado com muita colagem de imagens, o disco representa o que poderiam pensar aqueles caras no final da década. A arte é assinada pelo Alex Sernambi, com fotografias de Rochele Costi, Carlos Gerbase, Luciana Tomasi e o próprio Alex.
Neste ano, com uma nova formação, a banda comemora 25 anos de estrada e deve lançar um novo cd. Neste disco, a formação clássica: Wander Wildner, Carlos Gerbase e os irmãos Heron e Cláudio Heinz.

Uma curiosidade: ao final do lado A e B as músicas Passageiros I e II, que fazem parte da trilha sonora do curta-metragem de mesmo nome lançado também no final dos anos 1980 pela Casa de Cinema de Porto Alegre. Nos créditos do curta é possível encontra o nome dos Replicantes que atuaram por tráz das câmeras no filme.

Lado A
Chernobil
Sandina
África do Sul
Mistérios da Sexualidade Humana
Adúltera
Sexo e Violência
Passageiros I

Lado B
Astronauta
Festa Punk
Nicotina
Amor eu preciso
Tom e Jerry
Mentira
Passageiros II

Keka qué casá com Zeca?

Assim começa a primeira música do primeiro LP do Nei Lisboa. O clássico "Pra viajar nos cosmos não precisa gasolina", que abre o lado B está neste disco. Gravado e mixado no Estúdio Vice Versa entre junho e julho de 1983, o LP tem duas músicas na trilha sonora do filme "Deu pra ti anos 70": "A tribo toda em dia de festa" e "Doody II".

A maioria dos arranjos musicais são do guitarrista Augusto Licks e a banda tem ainda Glauco Sagebin (piano), Lucio Vargas (baixo), Fernando Paiva (bateria), Marco Bosco (percussão) e Nico Martins (teclados).

Quase todas as letras são do Nei Lisboa, exceto as que contam com a participação do Augusto Licks, Glauco Sagebin, Peninha e Luis Carlos Galli. Meus destaques ficam por conta de "A tribo toda em festa", "Síndrome de abstinência", "Pra viajar no cosmos não precisa gasolina" e "No, no chance".

Pra quem gosta de uma boa MPG, ou música popular gaúcha, esse LP é básico. Ele foi relançado em CD, assim como os demais discos no Nei. Em breve trago aqui "Noves Fora" e "Amém", também deste grande músico gaúcho.

Lado A
A tribo toda em festa
Me chama de Robert
Não me pergunte a hora
Síndrome de abstinência
Doody II

Lado B
Pra viajar no cosmos não precisa gasolina
No, no chance
Rabo de Foguete
Exaltação
Sinal Azul
Água Benta

quarta-feira, 11 de março de 2009

Heróis Três

Em 86, com a vontade de cantar sua próprias canções, Leoni resolveu montar uma nova banda, “Heróis da Resistência”. Lançou três Lps e conquistou mais um disco de ouro. As canções “Só pro meu prazer” e “Double de corpo” se tornaram hits imediatos.

Disparado o melhor LP da banda, Heróis Três, lançado em 1990 tem grandes músicas. Vale lembrar que o Heróis da Resistência era formada pelo Leoni (voz e baixo), ex Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Jorge Shy (guitarra), Lulu Martin (teclados), Alfredo Dias Gomes (bateria).

Após três LPs, todos lançados pela WEA, o grupo encerrou as atividades em 1993, já com o baterista Galli (ex Hanoi-Hanoi), quando Leoni partiu para carreira solo. Sobre o disco, meus destaques "Diga não", "Um herói que mata", "Canção da despedida", "Rio" e "Nova onda, nova droga".

Estava dando uma olhada no site do Leoni, e achei um texto que ele escreveu sobre "Um Herói que mata", lançado como single no próprio site. Publico aqui o texto na íntegra. Com vocês Leoni e os anos 90:

"No fim dos anos 80 as bandas, que um dia foram o exemplo perfeito da busca da perfeição e da simplicidade pop, estavam ficando mais pesadas, ou mais “sofisticadas”, ou mais “adultas”, ou mais estranhas simplesmente. Mas estavam todas num caminho coletivo cada vez menos pop. É natural. É o fim da adolescência, a necessidade de encontrar uma identidade e não mais uma turma.

Nós, nos Heróis, éramos então um trio que queria fazer rock mais “pesado e engajado”. A música pop era algo menor para nós. E caprichávamos na pose, na imagem, no cabelo etc. E no barulho. Mas no fundo, todo mundo tem auto-crítica e sabe que aquela fachada esconde algo inteiramente diferente, o que gera um enorme sentimento de inadequação. Eu não era uma exceção.

Não é por acaso que algumas das pessoas mais doces que eu conheci tinham o corpo musculoso coberto de tatuagens e piercings. É o único jeito de esconder tanta fragilidade. Só que a gente vira – olha eu aqui de novo! – refém da personagem e passa a achar que se não tiver a imagem adequada as pessoas não vão nos dar valor. Coisas da adolescência. E no nosso mundo de faz de conta do show business a adolescência e suas inseguranças levam muito mais tempo para acabar.
Para muitos, muitos mesmo, não acaba nunca.
“Um Herói Que Mata” é filha da luta entre essência e aparência, entre o que se é e o que se desejaria ser."

Lado A
1. Greenpiece - 0"32'
2. Diga não - 3"47'
3. Um herói que mata - 3"40'
4. Canção da despedida - 4"15'
5. O que eu sempre quis - 3"21'
6. Rio - 3"22'

Lado B
7. Nova onda, nova droga - 3"05
8. Senhor do mundo - 2"58'
9. Sinal dos tempos - 4"24'
10. Sexos e certezas - 3"18'
11. O fim da estrada - 3"44'

Discografia
1987 - Heróis da Resistência
1988 - Religio
1990 - Heróis Três
2001 - E-collection (coletânea de sucessos e raridades)

Foto: Divulgação

Melhor de todos

Após uma parada estratégica, voltamos com nossa seleção musical preferida. Para marcar o final das férias, um clássico do Rock Gaúcho: nada mais nada menos que Rosa Tattooada. Uma relíquia invejada por diversos fãs da banda, o primeiro LP, lançado em 1991, traz diversas músicas que marcaram a trajetória da banda nos últimos 19 anos.

Produzido pelo Thedy Correa, o disco tem a música mais conhecida do Rosa: "O Inferno Vai Ter Que Esperar". Muitos não sabem, mas a letra foi escrita pelo próprio Thedy. Além disso, foi um presente para o Jacques Maciel, que ao chegar em casa já musicou a letra que virou um grande hino roqueiro dos Pampas.

O disco foi foi gravado e mixado nos estúdios da EGER, em Porto Alegre, de maio a agosto de 1991. Nas participações especiais João Vicente, Sadi Hombrich (Nenhhum de Nós) e Miguel Castilhos. A formação do Rosa na época tinha, além do já citado Jacques Maciel (vocais, guitarra e violão), Beat Barea (bateria) (que continuam até hoje), Eduardo Rod (baixo) e Paulo Cássio (guitarra).

Um ano depois, a banda lançou praticamente o mesmo disco pela Sony (aquele da capa preta). Por muitos esse é considerado o primeiro LP, mas como podemos ver, na verdade não é. No disco lançado pelo Sony temos "Na Estrada", "Cabelos Negros", "Brilho Da Noite", "O Inferno Vai Ter Que Esperar", "Tardes De Outono", "Friday Night" e "Diversões Pesadas" que fazem parte deste disco de 1991.

A foto que ilustra este registro e está no encarte do Lp é do amigo Mário André Coelho de Souza. Pelo que consegui descobrir foi feita em um show aqui em Caxias. O destaque fica por conta do Beat Barea, tocando 'de lado'. Vale lembrar que no início da carreira o Rosa tocava direto aqui pela cidade. O que nunca deixou de fazer nestes quase 20 anos de carreira.

Lado A
1. Friday Night
2. O Inferno Vai Ter Que Esperar
3. Brilho Da Noite
4. Diversões Pesadas
5. Jogue Sujo Comigo

Lado B
6. Tão Longe
7. Na Estrada
8. Cabelos Negros
9. Tardes De Outono
10. Voltando Pra Casa
11. One Hit To The Heart

Foto: Mário André Coelho de Souza / Reprodução

terça-feira, 3 de março de 2009

Eletricidade

O rock nacional da década de 80 foi um capítulo importante no cenário musical brasileiro de todos os tempos. Lá surgiu a maioria das bandas consagradas, algumas que já nem exitem mais.

No fim da década de 70, existia a famosa “Turma da Colina”, um grupo de jovens do qual faziam parte pessoas como Renato Russo, Dado Villa-Lobos, Phillippe Seabra, Fê e Flávio Lemos, Loro e Dinho, entre outros. Com a chegada do movimento punk, formaram as primeiras bandas, que seriam mais tarde conhecidas como Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial.

Em 1982 começou a história da banda, quando os irmãos Fê (bateria) e Flávio Lemos (baixo), Loro Jones (guitarra) e Dinho Ouro-Preto (vocal) se juntaram para fazer um som. Os Lemos tocavam com Renato Russo no Aborto Elétrico, Loro era guitarrista do Blitz 64 e junto com Dinho, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, formaram também o Dado e o Reino Animal.

Após tocarem em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, assinaram, no fim de 1984, um contrato com a CBS. Se mudaram para São Paulo no ano seguinte e lançaram o primeiro compacto com as faixas “Descendo o Rio Nilo” e “Leve Desespero”. O tecladista Bozzo Barreti passou a integrar o time em 1987.

Lançado em 1991, o LP "Eletricidade" está longe de ser um dos melhores da banda, embora tenha diversas músicas de destaque. A formação desta época tem além do quarteto Dinho, Loro Jones e os irmãos Fê e Flávio Lemos, o tecladista Bozzo Barreti.

A receptividade de "Eletricidade" foi excelente. As faixas “Kamikaze”, “Todas as Noites”, além de uma versão para “The Passenger”, de Iggy Pop, batizada de “O Passageiro”, somadas a apresentação no Rock In Rio II, consagraram o Capital como uma das bandas mais ouvidas no Brasil.

Quando tudo parecia ir bem, os fãs foram surpreendidos com duas tristes notícias: em 1992, Bozzo Barretti deixou o grupo e, no ano seguinte, Dinho, alegando divergências musicais e pessoais, partiu em carreira solo.

Este é o 5º disco da banda que, entre idas e vindas, acústicos e elétricos, tem 17 albuns gravados. "Eletricidade" com certeza não é o melhor disco da banda, mas também está longe de ser o pior. Para entender o rock nacional dos anos 80, este LP pode ajudar bastante.

Lado A
21
O Passageiro (The Passanger)
Eletricidade
Noite e Dia
Kamikaze
Nosso Fim
O Profeta

Lado B
Cai a Noite
Chuva
Todas as Noites
Dance Animal Dance
Terra Prometida
Chamando Todos Os Carros
ua-Aua !!!

Pra baixar: http://www.4shared.com/file/33713735/82459824/06-_Eletricidade_-_1991.html

Foto:Gabriel Lain / Reprodução